Agosto Laranja: Mês de Conscientização da Esclerose Múltipla
- Kamila Muniz
- 14 de ago. de 2018
- 2 min de leitura

Você já deve conhecer o Outubro Rosa, uma ação que há mais de 20 anos conscientiza a população sobre a importância do autoexame e a prevenção do câncer de mama. Mas você sabe o que representa o Agosto Laranja? Ele foi criado para ampliar o conhecimento sobre a Esclerose Múltipla (EM), a doença autoimune do Sistema Nervoso Central que mais acomete jovens e adultos no mundo inteiro.
O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?
De causa desconhecida e sem cura, a esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e o sistema nervoso central. Isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com intrusas, e as ataca, provocando lesões.
SINTOMAS
Pessoas com esclerose múltipla tendem a apresentar os primeiros indícios na faixa dos 20 a 40 anos. Nos estágios iniciais, pode ser de difícil diagnóstico, uma vez que os sintomas aparecem com intervalos e o paciente pode ficar meses ou anos sem qualquer sinal da doença.
Os sinais variam amplamente, dependendo da quantidade de danos e os nervos que são afetados, mas no geral, entre os principais sintomas estão a fadiga, problemas de visão (diplopia, neurite óptica, embaçamento), problemas motores (perda de força ou função, perda de equilíbrio) e alterações sensoriais (formigamentos, sensação de queimação).
FATORES DE RISCO
Vários fatores podem aumentar o risco de esclerose múltipla, incluindo:
Idade, etnia e gênero: a enfermidade atinge principalmente mulheres brancas e jovens, sendo raros os casos em adolescentes e em pessoas acima de 60 anos.
Histórico familiar: se um dos pais ou irmãos possui esclerose múltipla, a possibilidade de desenvolver a doença aumenta entre 1% a 3%
Outras doenças autoimunes: são mais propensos a desenvolver esclerose múltipla aqueles que possuem outra doença que afeta o sistema imune, como distúrbios da tireoide, diabetes tipo 1 ou doença inflamatória intestinal.
TRATAMENTO
Embora não tenha cura, o paciente conta com a possibilidade de tratamentos que amenizam os sintomas da EM. O tratamento geralmente se concentra em controlar as crises e os sintomas, e também em reduzir a progressão da doença. Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções diárias, semanais e mensais.
FIQUE ATENTO
O diagnóstico pode demorar, pois seus sintomas são parecidos com diversas outras doenças inflamatórias, por isso, ao notar surtos e qualquer sinal de alerta, busque orientações médicas para que, caso seja confirmado, o tratamento possa ser iniciado o quanto antes.
Publicado em Hospital São Marcos, 14/08/2018.